quinta-feira, 9 de julho de 2015

Chapada dos Veadeiros sem Carro


Recentemente um casal que veio acampar conosco decidiu não alugar carro para economizar na viagem. Depois de algumas caronas e poucos passeios feitos, eles perceberam que iriam embora sem conhecer a tão famosa Cachoeira Santa Barbara. Para garantir o passeio, foram no CAT (Centro de Atendimento ao Turista) e contrataram um guia com carro para dividir com outro casal. A contratação saiu por R$ 600,00 (R$ 150,00 por pessoa). Eles chegaram ao camping indignados com o preço e nos perguntando se era esse mesmo o valor cobrado sempre. Eu expliquei que sim.

 Cachoeira Santa Bárbara

“O guia terá que pagar um Guia Kalunga que é obrigatório no passeio = R$ 70,00, ele gastará de gasolina num carro 4x4 uns R$ 100,00. A entrada de vocês 4 sairá por R$ 80,00. E ele estará à disposição de vocês, com um dia inteiro do trabalho dele. É um serviço muito especializado e não existe muita concorrência”.

Eles concordaram e concluíram que o passeio pagaria quase uma semana de aluguel do carro. O barato saiu mais caro.

Frequentemente recebemos pessoas chegando aqui exaustas, com insolação e morrendo de sede porque não conseguiram carona nos 17 km de Alto Paraíso até aqui. Quando nós avisamos que faltam 19 km de asfalto sem sombra para o destino, elas quase choram.

É possível conhecer a Chapada dos Veadeiros sem carro?
É possível sim. Mas não é o recomendado. A Chapada dos Veadeiros envolve vários municípios. Os principais atrativos ficam todos a quilômetros de distância. Não existe meio de transporte público para os atrativos. A maioria das cachoeiras está em Alto Paraíso (Vila de São Jorge) e em Cavalcante.

São Jorge está a 36 km de Alto Paraíso e Cavalcante a 91 km. Mesmo nas cachoeiras que ficam a poucos quilômetros da cidade ou da vila, não há local para pedestre nas estradas. E na época de seca a poeira sobe alto, bem alto.



O Camping PachaMama está entre a cidade de Alto Paraíso e o Vilarejo de São Jorge. 17 km e 19 km respectivamente. Na rodovia que leva para o Parque Nacional, no pé do Morro da Baleia, a 4 km do Jardim de Maitreya.
A 9 km das Cachoeiras Almécegas da Cachoeira São Bento;
A 14 km do Vale da Lua
A 20 km do Parque Nacional
A 22 km do Raizama
A 23 km da Morada do Sol 
A 24 km das Loquinhas
A 26 km da Cristal
As Cachoeiras Macaquinhos, Cataratas dos Couros e Santa Barbara estão a mais de 60 km.

Para quem fica em São Jorge as distâncias das cachoeiras passam para:

A 28 km das Cachoeiras Almécegas da Cachoeira São Bento;
A 8 km do Vale da Lua
A 1 km do Parque Nacional
A 3 km do Raizama
A 4 km da Morada do Sol 
A 41 km das Loquinhas
A 46 km da Cristal
As Cachoeiras Macaquinhos, Cataratas dos Couros e Santa Barbara estão a mais de 80 km.

Entrou na moda matérias de pessoas que viajaram sem dinheiro. O dia que a carona não rola, e ela anda 20 km no sol, elas não colocam na internet. As matérias vêm com o título do tipo “Estudante viaja a Chapada dos Veadeiros com R$ 5,00”, mas ele não fala quantos pratos lavou e quantas vezes ele foi pedir comida ou abrigo e levou um “não” junto com uma lição de moral. No dia que uma dor de dente ataca e o dinheiro mal dá para o café da manhã, ninguém posta uma foto no Facebook. É legal fazer uma viagem desprendida e sem preocupações, mas têm lados legais e lados muito desagradáveis também. Não é legal incentivar as pessoas a sair fazendo passeios sem medir as consequências.  Até para viajar vale a pena levar na mochila um pouco de responsabilidade.

Esse texto não é uma crítica aos viajantes que pegam carona ou trabalham na viagem, apenas uma necessidade de mostrar o outro lado da história que quase ninguém fala em sites de viagens.

Para ser um mochileiro e fazer uma viagem econômica não é preciso sair de casa com dinheiro faltando. Não é necessário pedir coisas para os outros. Não precisa pedir carona. Não precisa passar necessidade. Tem como ser um mochileiro muito viajado e com experiências legais apenas planejando bem. É possível entrar em grupos de caronas de pessoas que você já conhece ou dividir o combustível com os amigos.

E o recado para as mulheres é: se você é uma bela jovem aventureira, com a vida toda pela frente, cuidado com carona. Você só precisa entrar no carro errado uma vez para acabar com sua vida. Uma viagem pode ser inesquecível, mas um trauma também.

E para finalizar quero agradecer e parabenizar nossos mais de mil clientes mochileiros e campistas que sabem usufruir de forma responsável, ecológica, inteligente, descontraída e aventureira uma viagem. 




segunda-feira, 6 de julho de 2015

Observação de Pássaros - Birdwatching

Se você é brasileiro você nasceu no lugar certo para observação de pássaros. E se você gosta de fotografar a atividade fica melhor ainda. Segue Abaixo algumas dicas para fotografar aves:

1. Comece pelas aves que estão à sua volta
Eles estão em toda parte, não precisa começar numa floresta

2. Respeite a distância de conforto do animal
Eles se sentirão ameaçados com muita aproximação

3. Use roupas com cores discretas
Não seja chamativo, pássaros são ótimos observadores também

4. O binóculo deixa o passeio mais interessante
Com o ele é possível ver detalhes que passariam 
despercebidos a olho nu

5. Guias de aves ajudam na identificação
Os pássaros têm características muito parecidas e 
algumas delas são as que diferem cada pássaro 

6. Ande devagar e em silêncio
O barulho pode te afastar do pássaro antes dele ser avistado

7. Coloque a máquina em modo silencioso
O click da máquina pode assustar o pássaro e levar a foto com ele

8. Use um tripé alto
Ele ajuda a usar o zoom e a fotografar pássaros em movimento

9. Acorde cedo
Os pássaros adoram o amanhecer. Eles cantam e se exponhem mais pela manhã

10. Olhe onde pisa além de olhar os pássaros
Observar pássaro é olhar para cima, mas cuidado com buracos ou perigos no chão.

Todas as fotos foram tiradas no Camping PachaMama